sexta-feira, 28 de julho de 2023

EFEITOS DA TAXA BÁSICA (SELIC) ESTRATIFICADOS: NO PNB, NO PIB, NA DEMANDA INTERNA, NA BALANÇA COMERCIAL, NO MOVIMENTO DE CAPITAIS, NA RNB, NA RENDA DO TRABALHO, NA RENDA DE JUROS (seus beneficiários), NOS LUCROS E NOS ALUGUÉIS.

EFEITOS DA TAXA BÁSICA (SELIC) ESTRATIFICADOS: NO PNB, NO PIB, NA DEMANDA INTERNA, NA BALANÇA COMERCIAL, NO MOVIMENTO DE CAPITAIS, NA RNB, NA RENDA DO TRABALHO, NA RENDA DE JUROS (seus beneficiários), NOS LUCROS E NOS ALUGUÉIS.  

 

CONSIDERANDO:

PRODUTO NACIONAL BRUTO = CONSUMO + INVESTIMENTOS + EXPORTAÇÕES – IMPORTAÇÕES + RECEBIMENTOS DO EXTERIOR – REMESSAS PARA O EXTERIOR = PNB = C + I + G + E – M + REC. EXT. – REM. EXT.;

PIB = C + I + G + E – M (demanda e oferta agregada);

C + I + G + M = DEMANDA INTERNA DE PRODUTOS E SERVIÇOS;

Demanda interna + externa = C + I + G + M + E;

Oferta interna = C + I + G + M = Oferta para o mercado interno;

Oferta externa = E = Oferta para o mercado externo; 

Oferta interna + externa = C + I + G + M + E;

E - M = BALANÇA COMERCIAL;

RECEBIMENTOS DO EXTERIOR – REMESSAS PARA EXTERIOR = MOVIMENTO DE CAPITAIS.

RENDA NACIONAL BRUTA = RENDAS DO TRABALHO + JUROS + LUCROS + ALUGUEIS = RNB = RT + J + L + A.

EFEITOS DA TAXA BÁSICA ADEQUADA E INFERIOR À ADEQUADA NO:

PIB: a taxa básica adequada harmoniza (equilibra) a velocidade de crescimento da oferta à demanda e impede a formação de processo inflacionário. A inferior à adequada faz a velocidades de crescimento da demanda ser superior à da oferta, provocando o início do processo inflacionário;

NA RNB: a taxa básica inferior à adequada reduz a renda (os juros da fórmula) da poupança dos poupadores e dos fundos de aposentadorias, o valor relativo dos salários e das aposentadorias (não conseguem acompanhar a inflação) reduzindo a demanda em um segundo momento por insegurança (o consumo é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à expectativa de vida);

NA BALANÇA COMERCIAL: a taxa básica inferior à adequada faz a demanda interna cair e sobrar produtos para exportação. Entretanto a desvalorização cambial faz os preços das importações e da produção interna subirem (importações de maquinários, matérias primas e tecnologias);

MOVIMENTO DE CAPITAIS: a taxa básica inferior à adequada provoca desvalorização cambial, trás insegurança para investidores externos (perdas cambiais) e provoca fuga de capitais. A longo prazo se instala uma crise cambial com falta de recursos para pagar dívidas e importações (podendo chegar até a moratória);

NA RENDA DO TRABALHO NOS JUROS DAS POUPANÇAS E NOS FUNDOS DE PENSÕES DOS TRABALHADORES: a taxa de juro negativa reduz a renda das poupanças e dos salários dos trabalhadores, por extensão nos lucros e nos alugueis;

NOS JUROS NOMINAIS DE MERCADO: o agravamento do processo inflacionário faz a taxa de juros nominais de mercado de longo prazo subirem (péssimo para investimentos). A curva de juros fica ascendente na parte longa;

A TAXA BÁSICA ADEQUADA:

HARMONIZA A VELOCIDADE de crescimento da demanda e da oferta com o PIB potencial (o crescimento é sustentável), mantém o valor das poupanças e dos salários dos trabalhadores;

A MOEDA ESTÁVEL deixa de ser um empecilho à entrada de investimentos externos;

MOVIMENTO DE CAPITAIS:  a moeda estável deixa de provocar fuga de capitais. 07/2023 (baseado em publicações antigas).   

 

ADENDO:

SUBIR A SELIC CONSEGUIRÁ REVERTER O PROCESSO INFLACIONÁRIO?

“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores do que os ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais juros (processo inflacionário instalado). Os poupadores aplicadores (inclusive trabalhadores e aposentados) passam a ter perda de renda e reduzem a demanda. A taxa de juro perde o poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”

“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia (PIB potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são consequências.”

“A estabilidade monetária (do poder de compra da moeda) é condição necessária, mas não o suficiente, para o crescimento econômico sustentado.”

“Expansão monetária superior ao PIB potencial e déficits fiscais conseguem promover crescimento no curto prazo, porém sem sustentação, a seguir inflação.”

  

quarta-feira, 28 de junho de 2023

O DESCONHECIMENTO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO.

 

O DESCONHECIMENTO SOBRE A DIFERENÇA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO.

Em 2013 recebi um livro de presente de autor amigo (de vários livros, pessoa culta com formação superior) com a dedicatória (resumo): “Andei lendo suas opiniões sobre o socialismo. Socialismo não é comunismo, você bem sabe! Socialismo e parlamentarismo são as mais avançadas doutrinas (prefiro o termo pensamento) praticadas na maioria das nações civilizadas. Abraço fraternal, assina.

COMENTO: 10 anos depois a maioria da população (inclusive políticos e até economistas) confunde o correto conceito da linha de pensamento do socialismo e do comunismo (inclusive o autor do livro).  A CHINA define seu sistema como Comunismo (a verdade: evoluiu para uma economia de mercado com ditadura como sistema político). Uma definição da linha de pensamento do socialismo e do comunismo deve estratificar: economia, política e cultura (costumes).

PRINCIPAL AUTOR DO SOCIALISMO, KARL MARX.  

Karl Marx denominou sua teoria de Socialismo Científico e os outros autores de sua época de Socialistas Utópicos. O pensamento socialista que prevaleceu foi o de Marx (colocado em prática por Lênin na Rússia, URSS):

Para eles a evolução da sociedade ocorreu e ocorrerá como a seguir:

 

a)    o COMUNISMO PRIMITIVO inicial das tribos (propriedade comum) evoluiu para o FEUDALISMO (direito de propriedade, do lucro e proteção de profissões);

b)    o FEUDALISMO evoluiu para o CAPITALISMO (economia de mercado com concorrência). O capitalismo levaria à uma bem-sucedida evolução do Proletariado;

c)    o Proletariado iria impor o SOCIALISMO (é o que foi praticado no mundo).  E o COMUNISMO seria a evolução final do SOCIALISMO, onde a propriedade voltaria a ser comum e a democracia adotada, abandonando-se a ditadura política do socialismo (utopia).

 

Existem dois sistemas econômicos e o que os difere na prática é:

a) CAPITALISMO LIBERAL OU ECONOMIA DE MERCADO: as democracias liberais, o estado democrático do direito;

b) CAPITALISMO DE ESTADO: socialismo ou comunismo, economia de planejamento centralizado.

UMA SÍNTESE DOS SISTEMAS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E CULTURAIS (COSTUMES):

CULTURAL: Liberal ou Conservador. O que diferencia um do outro é a aceitação dos princípios religiosos, doutrinários e imutáveis para os Conservadores. Progressistas e acompanhando a evolução da ciência e dos costumes para os Liberais.

POLÍTICO: Democracia (três poderes independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem) ou Ditadura (um poder proeminente).

ECONÔMICO: Capitalismo de Estado (economia de planejamento centralizado, Comunismo, Socialismo) ou Capitalismo de Mercado (economia de mercado).

Todos os sistemas econômicos são capitalistas, a diferença é a propriedade do capital: privada ou da elite burocrática dos governos.

O Socialismo e Comunismo (economias de planejamento centralizado) para funcionar defende Ditaduras. O planejamento centralizado exige o poder econômico nas mãos de poucos e para funcionar o poder político também. Não convive com Democracias (poder diluído nos mercados).

As Economias de Mercado (Liberais) se fundamentam na liberdade, nas iniciativas privadas (o poder diluído pelos mercados, pela concorrência = democracias). 

domingo, 2 de abril de 2023

MERCADO, RENTISTAS (Selic) E AGENTES ECONÔMICOS:

 

MERCADO, RENTISTAS (Selic) E AGENTES ECONÔMICOS:

Economistas que falam mal de rentistas e mercado são ativistas políticos ou têm conhecimento insuficiente de teoria econômica. Leigos enganados escrevem sobre o que não dominam (nem têm os conhecimentos básicos para ler e entender um livro de Política Monetária ou de Macroeconomia).

A RIB (renda interna bruta) tem o mesmo valor do PIB (produto interno bruto).

RIB = (S + J + L +A) = renda do trabalho + juros + lucros + alugueis = PIB = (C + I + G + E – I) = consumo + investimentos + gastos do governo + exportações - importações. Os agentes econômicos são:

a)    os Trabalhadores que poupam para garantir o futuro, inclusive através dos fundos de pensão (são investidores indiretos);

b)    os Empreendedores (investem para obter lucros e pagam juros aos investidores);

c)    os Capitalistas (recebem alugueis, dividendos e juros).

 Nas equações da Teoria Econômica e da Política Monetária não existem as variáveis Rentistas e Mercado. Existem juros, salários, lucros, alugueis, consumo, investimentos, gastos do governo, exportações, importações etc.   

A mudança de uma Selic abaixo da adequada para a adequada (ou acima) provoca os efeitos:

a)    Valoriza a moeda pátria e evita fuga dela para o dólar e outros ativos que não moeda (evita formação de bolha nos preços dos ativos que não moeda e seus males);

b)    Reduz as expectativas de inflação equalizando a velocidade de crescimento da oferta e da demanda (assegura o poder de compra da moeda);

c)    Reduz as taxas de juros nominais de mercado de longo prazo (a parte longa da curva de juros muda de ascendente para descendente);

d)    A segurança passada pela manutenção do poder de compra da moeda motiva os investimentos (demanda e oferta);

e)    A segurança passada pela manutenção do poder de compra da moeda motiva os investidores externos a investirem no país (o inverso é verdadeiro);

f)     A análise da curva de juros deve estudar os juros nos diversos prazos e o volume investido na parte longa da curva e na curta. Se acontecer uma queda nos volumes da parte longa e um aumento na parte curta significa insegurança no longo prazo. Os agentes se refugiam no curto prazo. Se as aplicações em Selic no curto prazo (e no LP) aumentarem significa insegurança de aplicarem em taxa fixa;

g)    Se a Selic estiver abaixo das expectativas o TN (através dos bancos) para vender terá que pagar ágio (Selic + juros). Se estiver acima conseguirá aplicar abaixo da Selic (Selic - deságio).

O CONSUMO (PIB = C + I) depende da expectativa de vida, da garantia da renda futura e da riqueza acumulada (poupanças).

Com taxas de juros negativas teremos insegurança por parte dos agentes econômicos na expectativa de renda futura, por extensão queda no consumo e nos investimentos (PIB).

 

 

sábado, 11 de março de 2023

UMA FORMA DE ANÁLISE DINÂMICA NO ESTUDO DA TEORIA ECONÔMICA (CAUSA E EFEITO).

 

UMA FORMA DE ANÁLISE DINÂMICA NO ESTUDO DA TEORIA ECONÔMICA (CAUSA E EFEITO).

A didática inicia os ensinamentos de teoria econômica, para facilitar o entendimento de quem ainda não tem os conhecimentos acumulados necessários, com análises e conceitos estáticos. O estudo da economia é complexo devido ser uma ciência dinâmica (os efeitos das ações variam no tempo e geograficamente, podendo ocorrer imediatamente ou após um certo período e ter duração variável), com inúmeras variáveis (quase todas influenciando-se), com reações racionais e psicológicas (emocionais) por parte dos agentes econômicos. Alarmar os agentes econômicos é mais fácil do que torná-los otimistas e racionais. Expectativas racionais de mercado influenciam possíveis cenários econômicos. São previsíveis pela teoria econômica, mas sofrem influências emocionais. Os efeitos nas economias que emitem moedas conversíveis (aceitas como meio de pagamento mundial) e nos que não emitem não são iguais (as vezes divergentes).

Uma forma de análise racional simplificada da teoria econômica (estática e dinâmica) é verificar os efeitos de ações (ou acontecimentos) nas variáveis definidas nos conceitos na (sempre mais de uma causa e mais de um efeito. Defina o principal):

      a)    Produção (PIB = C + I + G + E - M) = consumo + investimentos + gastos do governo + exportações - importações, PNB (produto nacional bruto) = PIB + recebimentos de fatores do exterior - remessas para o exterior;          

      b)    Na Renda (RIB = RT + J + L + A) = renda interna bruta = renda do trabalho + juros + lucros + alugueis;

      c)    Nos Fatores de Produção (riqueza acumulada = estoque de fatores de produção) = Capital, Trabalho, Recursos Naturais e Tecnologia;

      d)    No Valor dos Ativos que não moeda (moeda pátria e conversível mundial). Valorização acima da natural (formação de bolha com sentimento de riqueza) e na desvalorização (furo da bolha e sentimento de empobrecimento). O furo da bolha é agravado pela sentimento de empobrecimento e insegurança.

                          CONSUMO, JUROS e INFLAÇÃO.

O CONSUMO (PIB = C + I) depende da expectativa de vida, da garantia da renda futura e da riqueza acumulada (poupanças).

Taxa de juros nominais de mercado baixa estimula o consumo e os investimentos, entretanto se for negativa ex-ante (descontada da inflação prevista e do IR) ou ex-post (descontada da inflação realizada e do IR), ela reduzirá o consumo no segundo momento pela queda da renda das poupanças (traz insegurança a todos, inclusive pela desvalorização do estoque de riquezas como dos fundos de pensão). Juros negativos estimulam o consumo e os investimentos no primeiro momento, mas também a inflação. No segundo momento trás insegurança devido à desvalorização das poupanças (riquezas acumuladas) e desestimula o consumo por insegurança (por extensão também os investimentos). MAG 03/2023.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

MOEDA - REGIMES CAMBIAIS - INFLAÇÃO - DESENVOLVIMENTO - 10/1998

 

MOEDA - REGIMES CAMBIAIS - INFLAÇÃO - DESENVOLVIMENTO - 10/1998

 1) PADRÕES MONETÁRIOS:

1.1) METÁLICO: Ouro, prata.

1.2) PAPEL MOEDA: CONVERSÍVEL - Moedas mundialmente aceitas como reserva de valor   (poupança). NÃO CONVERSÍVEL - Moedas legais dos países.

1.3) ESCRITURAL: todas as formas de moeda, inclusive depósitos.

FUNÇÕES DA MOEDA: política monetária (gerenciamento da moeda) deve ter como missão respeitar as funções da moeda:

a) RESERVA DE VALOR:  permite formação de mercados de poupanças, empréstimos e investimentos (a longo prazo), em consequência o desenvolvimento sustentado.

b) UNIDADE DE MEDIDA: permite ao mercado precificar o valor dos bens e serviços, facilitando negócios e o desenvolvimento. 

c) MEIO DE PAGAMENTO (instrumento de troca): facilita negociações permitindo que se formem mercados e em consequência ocorra o desenvolvimento.

2) REGIMES CAMBIAIS – TIPOS DE TAXAS DE CÂMBIO:

2.1) FIXA: Valor fixo pelo qual o Banco Central compromete-se a comprar ou vender moedas conversíveis. Só possível enquanto os USA garantiam a troca do dólar por ouro.

2.2) VARIÁVEL (FLUTUANTE): O Banco Central permite que a taxa de câmbio oscile de acordo com as forças de mercado, só comprando e vendendo moeda por necessidade (dar ou retirar liquidez). Após os USA abandonarem o regime de dólar x ouro, é o único tipo de taxa de câmbio possível.

2.3) CONTROLADA: O Banco Central deixa a taxa de câmbio flutuar de acordo com as forças de mercado intervindo quando necessário ou dando suporte a objetivos.

2.4) MÚLTIPLA (MISTA): O Banco Central fixa várias taxas de câmbio. Uma para compra de petróleo, outra para negócios financeiros, outra para importações e exportações etc. É utilizada apenas para ocasiões muito específicas e especiais, devendo durar o mínimo tempo possível.

3)  VARIÁVEIS ECONÔMICAS - AGENTES ECONÔMICOS - TEMPO DE REAÇÃO DO MERCADO - EXPECTATIVAS

O estudo da economia é complexo devido ser uma ciência dinâmica (os efeitos das ações variam no tempo e geograficamente, podendo  ocorrer imediatamente ou após um certo período e ter duração variável), com inúmeras variáveis (quase todas influenciando-se), com reações racionais e psicológicas (emocionais) por parte dos agentes econômicos. Alarmar os agentes econômicos é mais fácil do que torná-los otimistas e racionais. Expectativas racionais de mercado influenciam possíveis cenários econômicos (previsíveis pela teoria econômica, mas sofrem influências emocionais - confiança nas instituições e nas autoridades aumentam a segurança e a previsibilidade facilitando o crescimento).

Expectativas do mercado: positivas, negativas, neutras, racionais, emocionais, crise de confiança.

VARIÁVEIS ECONÔMICAS (algumas):

MOEDA: Juros = i, Poupança = S, Inflação, Deflação, Câmbio, M (quantidade de moeda);

FATORES DE PRODUÇÃO (ATIVOS): Rec. Naturais, Capital acumulado, Trabalho (PIA e PEA), Tecnologia;

PRODUTO (PIB): C = Consumo, I = Investimento, E = Exportação, M = Importação, Rec. = Recebimento do exterior, Rem. = Remessa para o exterior;

RENDA (S + L + J + A): Salários (rendimento do trabalho), Lucros, Juros, Alugueis;

AGENTES: Trabalhadores, Autônomos, Empresários, Poupadores, Investidores, Capitalistas.

3.1) O = Oferta global de produtos e serviços. D = Demanda global idem.

3.1.A) OMC = Oferta de moeda conversível; DMC =  Demanda de moeda conversível;

3.2) E = Exportações;

3.3) M = Importações;

3.4) CI = Consumo Interno;

3.5) CE = Consumo Externo (demanda interna de outros países, resto do mundo);

3.6) II = Investimento Interno oriundo de poupança interna;

3.7) IIE = Investimento Interno oriundo de poupança externa, resto do mundo;

3.8) Rex = Remessa (Rem.) ou Recebimento (Rec.) de Divisas para ou do Exterior;

3.9) S =  Massa de Salários (rendimentos do trabalho, de trabalhadores, de funcionários públicos e de autônomos);

3.10) L = Massa de Lucros (rendimentos dos empreendedores, indústrias, comércio, serviços, bancos etc.);

3.11) J = Massa de Juros (rendimentos do capital, pessoas físicas, pessoas jurídicas, bancos etc.);

3.12) A = Massa de Aluguéis (rendimentos do capital);

3.13) GC = Gastos do Governo com consumo (produtivos, improdutivos, atividades meio, atividades fim, custeio);

3.14) GI = Gastos do Governo com investimentos;

 3.15) PIB = Produto Interno Bruto =  Y = C + I + G + E - M, onde  C = CI,  I = II + IIE e  G = GC + GI;

3.16) PNB = Produto Nacional Bruto = C + I + G + E - M + Rec. - Rem.;

OBS: Não são incluídos no cálculo do PNB os pagamentos de transferências e de rendas que não resultem das atividades produtivas, como aposentadorias, pensões e juros da dívida pública. 

3.17) RNB = Renda Nacional Bruta = S + L + J + A;

3.17A) DNB = Despesa Nacional Bruta = Valor total das despesas para uso final (vendas diretas aos consumidores).

3.17B) Identidade básica entre Produto, Renda e Despesa. PNB = RNB = DNB.

3.18) INF = Inflação;

3.19) NGP = Nível Geral de Preços (uma das medidas da inflação);

3.20) BP = Balanço de Pagamentos;

3.21 SBC = Saldo do Balanço Comercial (E – M);

3.22) SBS = Saldo do Balanço de Serviços (juros, lucros, seguros, viagens, transportes, etc. );

3.23) TU = Transferências Unilaterais (recebimentos ou remessas de divisas sem contrapartida);

3.24) STC = Saldo em Transações Correntes = SBC + - SBS + - TU ;

3.25) CC  = Conta de Capital  ( Investimentos diretos, empréstimos e financiamentos, inclusive de exportações e importações,   amortizações, movimento de capitais de curto prazo, etc. );

3.26) SBP = Saldo do Balanço de Pagamentos =  STC  +  -   CC ;

3.27) RES = Reservas (moedas conversíveis, ouro, créditos externos etc.);

3.28) NGE = Nível Geral de Empregos;

3.29) EAE = EXPECTATIVAS DOS AGENTES ECONÔMICOS: positivas, negativas, neutras, racionais, emocionais, crise de confiança. As expectativas são influenciadas pela qualidade das informações e credibilidade das autoridades monetárias e políticas.

3.30) TRAE = TEMPO DE REAÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS (varia no tempo e geograficamente);

3.31) i = TAXA DE JURO: ( nominal, real, natural, de equilíbrio, neutra, de mercado, interna, básica, redesconto, externa, para consumo de produtos duráveis e para não duráveis, para investimentos, para aplicadores, para tomadores ). EM AMBIENTES QUE TRANSMITAM SEGURANÇA (CONFIANÇA) AS TAXAS DE JUROS SÃO MAIS BAIXAS (OS POUPADORES E OS INVESTIDORES PREFEREM ESTES AMBIENTES). A taxa de juro deve ser a menor possível, mas sem afetar a estabilidade monetária, preservando a função de RESERVA DE VALOR da moeda.

3.32) FUNDAMENTOS ECONÔMICOS = Pensamentos econômicos expressos através de teorias ou modelos econômicos (estuda influências entre as variáveis econômicas). Diz-se que os fundamentos econômicos estão corretos, quando estão de acordo com as teorias econômicas aceitas (passam segurança para os agentes).

GASTOS PÚBLICOS - G -

Considerando um acréscimo G1 no PIB, teremos: PIB = C + I + G + G1 + E - M, onde G1 pode ser destinado a:

a) despesas de custeio ou investimentos com emissão de moeda;

b) despesas de custeio ou investimentos com emissão de títulos públicos;

c) investimentos com emissão de títulos públicos;

d) investimentos com emissão de moedas.

Os reflexos na economia serão diferentes em cada caso, inclusive condicionados à existência ou não de capacidade instalada ociosa, fatores de produção não utilizados ou evolução tecnológica que permita ganhos de produtividade.

A boa ou má QUALIDADE do GASTO PÚBLICO - G - (necessários, desnecessários, produtivos, improdutivos, meio ou fim, benéficos, maléficos, honestos ou desonestos), é fator condicionante do crescimento e do desenvolvimento econômico e social (qualidade de vida). Neste sentido podemos afirmar que o subdesenvolvimento (a pobreza) é consequência da má qualidade da gestão dos gastos públicos.

3.33) FATORES DE PRODUÇÃO - Recursos naturais, Trabalho, Capital, Tecnologia.

Agentes econômicos (alguns):

1)  Consumidores (tomadores de empréstimos).

2)  Investidores (tomadores de empréstimos).

3)  Poupadores internos e externos (aplicadores de moedas).

4)  Trabalhadores: serviços públicos (federal, estadual e municipal), iniciativa privada, autônomos, domésticos, especializados etc.

5)  Empreendedores em atividades produtivas de materiais e serviços e Bancos (empresários ou indivíduos).

6)  Locadores (capitalistas).

7)  Exportadores.

8)  Importadores.

9)  Externos (consumidores, investidores, fornecedores, capitalistas etc.).

10)  AGENTES DE INFLUÊNCIA INDIRETA NA ECONOMIA:

JUDICIÁRIO (ação e credibilidade influenciam expectativas e crescimento econômico).

LEGISLATIVO (ação e credibilidade influenciam expectativas e crescimento econômico).

IMPRENSA (ação influencia expectativas).

EXECUTIVO - FUNC. PÚBLICOS (qualidade operacional da máquina pública influencia na credibilidade e no tempo de reação dos agentes econômicos).

11)  Contribuintes.

4) SUPERÁVITS OU DÉFICITS NO SALDO DE TRANSAÇÕES CORRENTES (STC) DO BALANÇO DE PAGAMENTOS:

4.1) MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA DÉFICITS:

a)  Desvalorização cambial (TEM COMO EFEITO A REDUÇÃO DO PODER DE COMPRA E DA QUALIDADE DE VIDA DOS NACIONAIS);

b)  Redução do consumo interno (aumento da taxa básica de juro, de tributos, de depósitos compulsórios etc.);

c)  Barreiras tarifárias;

d)  Subsídios às exportações;

e)  Atração de capital externo com aumento da taxa interna de juro;

f)  Controle de saída de divisas para o exterior (lucros, investimentos, remessas etc.).

4.2) SUPERÁVITS - Aumentam reservas permitindo investimentos no exterior.

4.3) SUPERÁVIT ARTIFICIAL- Se conseguido através de barreiras às importações, com taxa de câmbio artificialmente valorizada, provoca preços internos artificiais e valorização dos ativos (neste sentido valoriza empresas do estado a serem vendidas). Se conseguido através de aumento da taxa básica de juro provoca redução de consumo interno, de investimentos e do PIB (deve ser medida transitória).

4.4) DÉFICITS - Tem por limite as reservas ou crédito do país no exterior.

4.5) DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL (EFEITOS) -

a)  Desvaloriza ativos do país (desvaloriza empresas a serem vendidas);

b)  Provoca aumentos dos preços, internamente, dos produtos e insumos importados e exportados. Reduz poder de compra e qualidade de vida do povo, privilegia empresas exportadoras. As competitivas com mais lucros, as não competitivas com sobrevivência artificial (quando expostas à concorrência não sobrevivem);

c)  Aumenta exportações;

d)  Se eliminado o déficit fiscal interno, permite redução de taxas de juros sem provocar inflação.

5) TAXA DE CÂMBIO IDEAL (FLUTUANTE)-

É a que permite o superávit necessário (o menor possível).

É a que permite o déficit necessário (o menor possível).

5.1) O EFEITO DAS IMPORTAÇÕES NO PIB.

Se PIB = C + I + G + E – M, teremos: PIB = (C = 40 + I = 20 + G = 35 + E = 10 – M = 0) = 105.

ACRESCENTANDO IMPORTAÇÕES M = 7, TEREMOS (no caso faremos M = Bens de Consumo = 2; Bens de Capital = 5): PIB = C passa de 40 para 42; o I passa de 20 para 25; G e E permanecem inalterados, portanto, PIB = 42 + 25 + 35 + 10  - 7 = 105.  Como queríamos demonstrar (cqd).

Escrevo mais ainda: parte das importações são matérias primas que farão parte de produtos exportados (exemplo, automóveis).  Os Bens de Capital importados farão a produção aumentar e melhorar a produtividade, portanto, podemos concluir que as importações de Bens de Capital aumentam o PIB.

6) FUNDAMENTOS ECONÔMICOS (Teorias Econômicas) -

Devem ser estudados sob as óticas:

a)  De países desenvolvidos (exportadores de capitais);

b)  De países em desenvolvimento (importadores de capitais);

c)  De país emissor de moeda conversível (USA etc.);

d)  De país não emissor de moeda conversível;

e)  De todos os agentes econômicos.

6.1) TAXAS DE JUROS (país não emissor de moeda reserva ou conversível):

Uma taxa de juro muito baixa ou negativa pode provocar fuga das poupanças internas para moedas conversíveis, mais confiáveis, tendo como efeito desvalorização da moeda pátria (redução do poder de compra) e mais inflação.  A taxa de juro muito alta pode provocar atração de poupanças (capitais) externas, valorizando a moeda pátria (aumenta o poder de compra), aumentando importações (apesar da redução da demanda)reduzindo preços dos produtos influenciados e consequentemente a inflação (além da redução da demanda).  A longo prazo compromete o Balanço de Pagamentos. A Taxa de Juro Básica (influencia a taxa de mercado de lp) deve ser o mais próxima possível da Taxa de Juro Natural (ou de equilíbrio), procurando o equilíbrio da economia. Taxas de juros reais negativas podem provocar expectativas negativas e inseguranças quanto ao futuro (ocorre fuga da moeda para outros ativos que não moeda e bolhas podem se formar). O Banco Central tem poder sobre a taxa básica (variável controlável), influencia as taxas de mercado, mas não consegue fixá-las.

 7)  INFLAÇÃO – Ocorre inflação quando acontece aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços (o nível geral dos preços). INFLAÇÃO É EXPANSÃO MONETÁRIA SUPERIOR À CAPACIDADE DE CRESCIMENTO (PIB potencial) que provoca o efeito de alta generalizada dos preços.

 INÉRCIA INFLACIONÁRIA - A inflação presente e futura é efeito (função) da causa indexação passada. Aumentos dos preços provocados por contratos com cláusulas de correção por índices de preços, por decisões judiciais, por memória inflacionária e por aumentos de salários (consumidores consideram normal os aumentos dos preços). A correção monetária (indexação) alimenta a inflação indefinidamente (vira uma espiral inflacionária).

 CONTAMINAÇÃO, PREÇOS RELATIVOS - Aumento do preço de um produto com influência sobre os custos de outras mercadorias e serviços (petróleo, insumos, produtos oligopolizados), podem CONTAMINAR o nível geral de preços (ao invés de apenas os preços relativos) se a política monetária não for eficaz (expectativa dos agentes econômicos formadores de preços).

 AMBIENTES - A eficiência ou deficiência estrutural (física, legislação, judiciário) pode fazer os preços serem maiores em um ambiente do que em outro.

7.1) CAUSAS:

a)  Aumento dos meios de pagamentos e das atividades econômicas sem contrapartida de aumento da produção, PIB (demanda sobe em desarmonia com oferta).  Existindo capacidade instalada ociosa, estoques, fatores de produção não utilizados ou evolução tecnológica que permita aumento de produção (produtividade), o aumento dos meios de pagamentos pode provocar aumento do PIB  sem ocorrer inflação. Os monetaristas (e liberais) aconselham que a moeda deve ter um crescimento conhecido e ter por limite o crescimento do PIB.

b)  A melhoria da distribuição da renda aumenta o consumo (nível de atividades) e pode causar inflação (se não ocorrer aumento de produção).

c)  Taxas de juros de mercado menor que a natural, ou taxa básica menor do que a de equilíbrio, ou neutra (eleva a demanda e os preços).

d)  Emissão de moedas para fazer face a gastos improdutivos e desnecessários (aumenta meios de pagamento e demanda).

e)  Entrada de divisas estrangeiras com conversão para moeda local.

f)  Aumento da procura global sem aumento da oferta global.

g)  Necessidade de aumentar as exportações para fazer face a pagamentos de dívidas externas (reduz oferta).

h)  Desvalorização da moeda para aumentar as exportações (aumenta, internamente, os preços de produtos e de insumos importados e exportados).

i) FATORES DE PRODUÇÃO (pleno emprego) - Não existindo pleno emprego dos fatores de produção (trabalho, capital, recursos naturais, tecnologia), o aumento dos gastos do governo (G) e dos meios de pagamentos, direcionados a investimentos eficazes e de maturação de médio prazo, não provocam inflação, podendo ser uma medida benéfica e de estímulo à economia (estimula a procura global, os investimentos e a produção).

j) EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção (a percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos, etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo).

k) EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças, bolsas, imóveis etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões, etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo).

l) DESARMONIA ENTRE AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA (incluso a cambial) - Déficits públicos (política fiscal) puxam as taxas de juro de mercado para cima e exigem maior taxa básica por parte da política monetária (um puxa para um lado, o outro, para outro), influenciam negativamente as expectativas.

7.2) CONSEQÜÊNCIAS:

a) Transferência de renda entre agentes econômicos (normalmente ganham as atividades meio e as com melhores informações). Perdem os salários e poupadores menos informados.

b) Desequilíbrios nos preços relativos.

e) Aumento da corrupção (orçamentos e auditorias ficam quase impossíveis, preços desconhecidos etc.).

f) Qualidade dos gastos do governo cai, provocando mais inflação.

g) Aumenta renda das atividades improdutivas (consomem, mas não produzem), provocando mais inflação.

h) Fuga de capitais para o exterior.

7.3) EQUILÍBRIO ECONÔMICO:

Oferta e procura agregadas em um mesmo nível.

a)  Procura maior que oferta - Medidas para buscar o equilíbrio:

a.1) Reduzir a demanda interna através do aumento de impostos e da taxa básica de juros (principal e necessária medida).

a.2) Dificultar empréstimos para forçar desova de estoques. Aumentar depósito compulsório dos bancos.

a.3) Reduzir gastos do governo.

a.4) Reduzir exportações. Aumentar importações.

a.5) Aumentar produção interna estimulando a utilização da capacidade instalada e dos fatores de produção existentes.

b)  Oferta maior que procura - Medidas para buscar o equilíbrio (expansão dos mercados, crescimento):

b.1) Aumentar o consumo através da redução da taxa básica de juro. Fazer a taxa BÁSICA menor do que a taxa  neutra, por um breve período de tempo.

b.2) Facilitar empréstimos para aumentar o consumo e investimentos.

b.3) Aumentar gastos do governo em atividades produtivas.

b.4) Aumentar exportações - Reduzir importações.

b.5) Reduzir impostos para consumidores e depósitos compulsórios dos bancos.

b.6) Melhorar distribuição da renda através de aumentos das aposentadorias e dos salários de menores valores.

b.7) A taxa de juro real para os  poupadores  ( natural x de mercado)  não deve trazer intranquilidade quanto a preservação (reserva de valor), garantia quanto ao futuro (aposentadorias), pois isso induzirá ao medo de gastar (efeito empobrecimento). 

8) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (AMBIENTES)-

O crescimento e o desenvolvimento econômico ocorrem melhor em AMBIENTES onde:

a) POUPANÇAS E OS INVESTIMENTOS - são respeitados e estimulados; 

b) TAXA DE JURO (BÁSICA) - seja a menor possível, sem desestabilizar a MOEDA e preservando sua função de RESERVA DE VALOR;

c) GASTOS IMPRODUTIVOS DO GOVERNO - são o menor possível (privilegiar as atividades fins em relação às atividades meio);

d) JUDICIÁRIO - é eficiente (tem credibilidade por parte dos agentes econômicos) e eficaz (ágil e correto);

e) SISTEMA DE ENSINO - atende a toda a população;

f) SISTEMA PREVIDENCIÁRIO - estimula a formação de poupança e não permite privilégios;

g) CONTAS PÚBLICAS - exista transparência com publicações de balancetes mensais analíticos;

h) LEGISLATIVO - seja eleito democraticamente;

i) EMPREENDEDORES - sejam estimulados;

j) CAPITAL X TRABALHO - (relação) - coexista em ambiente de respeito a direitos pactuados;

k) PRODUTIVIDADE - é estimulada;

l) FATOR DE PRODUÇÃO TECNOLOGIA - existam estímulos para os investimentos que objetivem ganhos de PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO; 

m)  DISTRIBUIÇÃO DE RENDA - exista legislação que promova e proteja uma justa DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.

Um bom resumo seria: o respeito à propriedade privada; aos contratos juridicamente perfeitos; à estabilidade das regras do jogo (que devem ser o mais simples possível.).

9) RELAÇÃO ENTRE POLÍTICA MONETÁRIA E POLÍTICA FISCAL: A Política Monetária (executada pelo BC) deve ser harmônica com a Política Fiscal (executada pelo executivo), pois uma complementa a outra. 

a) estando a economia em depressão (queda de preços e redução das atividades econômicas) é recomendável que o executivo aumente os Gastos Públicos e o BC reduza a Taxa Básica de Juro (um pouco abaixo da de equilíbrio) e não permita que a liquidez caia;

b) estando a economia com inflação é recomendável que o BC aumente a Taxa Básica de Juro para um nível um pouco acima da taxa de equilíbrio (a menor taxa possível);

c) países em desenvolvimento, onde a infraestrutura e os serviços básicos são ainda deficientes, é aceitável, como medida benéfica, que antecipa o bem estar da população, um déficit público até o nível do crescimento do PIB. 

marco aurélio garcia - 10/98.

A TAXA BÁSICA, A RENDA, A POLÍTICA FISCAL E SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES, PIB (texto complementar a outros já publicados). 2020 E 2021.

 

A TAXA BÁSICA, A RENDA, A POLÍTICA FISCAL E SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES, PIB (texto complementar a outros já publicados).

 

EFEITOS IMEDIATOS (1º momento, curto prazo) E NO SEGUNDO MOMENTO (médio e longo prazos) DA TAXA BÁSICA:

      a)    Em um processo gradualista o aumento da taxa básica abaixo da inflação percebida (ou da taxa neutra) no primeiro momento (no processo de aumentos) tem como efeito imediato o aumento das taxas de juros de mercado de curto prazo e poderá ter como efeito a queda dos juros de mercado de longo prazo (a curva de juros inicia um processo de queda na parte longa) se o BC conseguir passar expectativas de queda da inflação (CONFIANÇA). Se o BC não conseguir passar Confiança na Expectativa de queda da inflação os juros de longo prazo só cairão após, no processo de aumentos da taxa básica, a percepção (expectativas) de queda da inflação passarem a ser acreditadas (aí os juros de lp cairão);

     b)    a taxa básica é a ferramenta mais potente para harmonizar (equilibrar) a oferta e a demanda. Tem mais força para desacelerar as atividades e demanda (fazer a demanda harmonizar com a oferta possível e sustentada) do que para aumentar a oferta (fazer o PIB crescer com sustentação). A taxa básica é mais potente para reduzir as atividades, fazer a economia rodar no ponto possível e adequado e menos potente do que, sozinha, fazer as atividades aumentarem com sustentação. Em um primeiro momento é possível, mas sem sustentação, provocando no momento a seguir dificuldades muito maiores (piora a conjuntura);

      c)    a taxa de juros é um instrumento (ferramenta) de harmonia entre a Liquidez (moeda e ativos líquidos), a Oferta e a Demanda. O processo pode ser gradual ou tratamento de choque; 

      d)    INSTITUIÇÕES CONFIÁVEIS melhoram as expectativas e reduzem as taxas de juros e motivam investimentos. As relações harmoniosas do poder executivo, legislativo e judiciário melhoram as expectativas e reduzem as taxas de juros. Uma mídia fazendo campanha contra o governo reduz a confiança, piora as expectativas, aumenta as taxas de juros e reduz investimentos;

     e)    FUNÇÕES DE UM GOVERNO LIBERAL (resumo): e1 - Poder Legislativo, fazer leis, aprovar o orçamento e fiscalizar sua execução; e2 - Poder Executivo, executar o orçamento, obedecer e propor leis. Diretamente Forças Armadas e Polícia. Indiretamente Agências de Controle, Saúde (parte diretamente), Educação (parte diretamente), Obras; e3 - Poder Judiciário julgar.     

 A DIFERENÇA ENTRE OS EFEITOS DA TAXA BÁSICA E DA POLÍTICA FISCAL NA LIQUIDEZ:

1)    O aumento da taxa básica reduz a liquidez de imediato retirando dinheiro do mercado para o Banco Central (os agentes vendem dinheiro para o BC). O efeito se dá pela redução imediata da liquidez a seguir nas atividades e na inflação;

 2)    O aumento do superávit fiscal (ou redução do déficit) aumenta o dinheiro com o TN que geralmente é utilizado para pagar parte da dívida pública aumentando a liquidez com o mercado. O aumento da liquidez com o mercado aumenta a oferta de crédito, pode reduzir as taxas de juros ou aumentar atividades e demanda (a demanda do setor privado substitui a redução dos gastos do governo). Geralmente o mercado percebe o aumento do superavit fiscal (ou redução de déficit) com melhoria da confiança e das expectativas. Isto pode fazer a oferta subir para harmonizar com a demanda e por efeito das expectativas positivas reverter o processo inflacionário, mas é mais lento que os aumentos da taxa básica;

 3)    Considerando que a Renda Nacional é a soma de: Renda do trabalho + Juros + Lucros + Aluguéis, com a liquidez aumentando e os juros caindo a segurança com o futuro de parte dos agentes cai (renda dos fundos de aposentadorias e das p poupanças pessoais) e nos momentos iniciais os preços aos produtores (IGPs no atacado) aumentam (o repasse aos preços aos consumidores acontece no segundo momento). A receita tributária sobe acima dos IPCs melhorando o caixa do governo. A regularização da harmonia entre a oferta e a demanda se dará com aumento da taxa básica para reverter o desequilíbrio provocado;

 4)    O superávit fiscal (ou redução do déficit) e a taxa básica adequada afetam a liquidez e melhoram a confiança do mercado, a credibilidade do governo e as expectativas ficam positivas. MAG.  06/12/2021

 Publicação de 07/11/2020:

O CRESCIMENTO NATURAL DA DEMANDA (PIB).

1) POPULAÇÃO. Novas pessoas (jovens e migrações do exterior e rurais para cidades) entrando no mercado como consumidores de: roupas (pessoais, cama, mesa, banho), eletrodomésticos, casa (alugar ou comprar).

2)  RENDA. Melhoria de distribuição de renda. Pessoas de renda mais baixa entrando no mercado de consumo (êxodo rural para cidades).

3)  INOVAÇÕES. Melhorias contínuas e inovações estimulam compras de automóveis e outros bens de consumo e maquinários. As inovações: as TVs de tela plana substituíram as antigas (as Smarts outra inovação) e os computadores e suas melhorias contínuas que são semelhantes a inovações (depreciação ou exaustão tecnológica). 

 NA DÉCADA DE 60 JÁ SE ESCREVIA SOBRE A MOEDA E A INFLAÇÃO:

 a) SEGURANÇA, CONFIANÇA. Em ambientes que transmitam Segurança (Confiança) as taxas de juros são mais baixas (os poupadores e os investidores preferem estes ambientes). A taxa de juro deve ser a menor possível, mas sem afetar a estabilidade monetária, preservando a função de RESERVA DE VALOR da moeda.

A boa ou má QUALIDADE do GASTO PÚBLICO - G - (necessários, desnecessários, produtivos, improdutivos, meio ou fim, benéficos, maléficos, honestos ou desonestos), é fator condicionante do crescimento e do desenvolvimento econômico e social (qualidade de vida). Neste sentido podemos afirmar que o subdesenvolvimento (a pobreza) é consequência da má qualidade da gestão dos gastos públicos.

O aumento dos meios de pagamentos e das atividades econômicas (demanda) sem contrapartida de aumento da produção (oferta PIB) tem como efeito demanda subir em desarmonia com a oferta e provoca inflação.  Existindo capacidade instalada ociosa, estoques, fatores de produção não utilizados ou evolução tecnológica que permita aumento de produção (produtividade), o aumento dos meios de pagamentos pode provocar aumento do PIB sem ocorrer inflação. Os monetaristas (e liberais) aconselham que a moeda deve ter um crescimento conhecido e ter por limite o crescimento potencial do PIB;

b)  DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. A melhoria da distribuição da renda aumenta o consumo (nível de atividades) e pode causar inflação (se não ocorrer aumento de produção);

c)  TAXAS DE JUROS de mercado menor que a natural, ou taxa básica (ou redesconto) menor do que a de equilíbrio ou neutra eleva a demanda e os preços;

d)  EMISSÃO DE MOEDAS para fazer face a gastos improdutivos e desnecessários aumenta meios de pagamento e demanda e inflação se o aumento da oferta ocorrer após o aumento da demanda;

e)  DIVISAS. Entrada de divisas estrangeiras com conversão para moeda local (aumenta liquidez e pode provocar inflação);

f)  DEMANDA X OFERTA. Aumento da procura global sem aumento da oferta global é a causa geral de inflação;

g)  EXPORTAÇÕES. Necessidade de aumentar as exportações para fazer face a pagamentos de dívidas externas reduz oferta interna e aumenta preços;

h)  Desvalorização da moeda para aumentar as exportações aumenta internamente os preços de produtos e de insumos importados e exportados;

i) FATORES DE PRODUÇÃO (pleno emprego) - Não existindo pleno emprego dos fatores de produção (trabalho, capital, recursos naturais, tecnologia), o aumento dos gastos do governo (G) e dos meios de pagamentos, direcionados a investimentos eficazes e de maturação de médio prazo, não provocam inflação podendo ser uma medida benéfica e de estímulo à economia (estimula a procura global, os investimentos e a produção);

j) EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção. A percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo;

k) EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas provocadas por desvalorizações de ativos, poupanças, bolsas, imóveis etc., provoca percepção de empobrecimento e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo);

l) DESARMONIA ENTRE AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA (incluso a cambial) - Déficits públicos (política fiscal) puxam as taxas de juros de mercado para cima e exigem maior taxa básica por parte da política monetária (um puxa para um lado, o outro, para outro), influenciam negativamente as expectativas.

MAG 07/11/2020.

CAPITALISMO DE MERCADO (ECONOMIA DE MERCADO, LIBERAL) X CAPITALISMO DE ESTADO (SOCIALISMO, COMUNISMO, INTERVENCIONISMO).

a)    as experiências socialistas no mundo fracassaram provocando pobreza, queda na qualidade de vida, falta de produtos e qualidade inferior da produção industrial, filas para comprar, totalitarismos, ditaduras cruéis, redução de liberdades de imprensa e de ir e vir. A Queda do Muro de Berlim e a dissolução da URSS foi o reconhecimento do fracasso do sistema em produzir para concorrer com o mundo da economia de mercado liberal. O nacional-socialismo (nazismo e fascismo) foram ditaduras totalitárias (estatizantes e intervencionistas), experiências de economias dominadas pela elite política e burocrática do estado que controlava tudo através de normas, regulamentos e estatais. O fracasso se deu pela derrota na guerra. O Socialismo acabou por não conseguir oferecer qualidade de vida à sua população (e por falta de liberdade);

 

b) TODAS AS ECONOMIAS SÃO CAPITALISTAS, A DIFERENÇA É:

b1) AS ECONOMIAS LIBERAIS (DE MERCADO): a iniciativa privada (empresas, pessoas) luta pela sobrevivência enfrentando as concorrências. A sobrevivência depende de atenderem a vontade dos consumidores, de ganhos contínuos de produtividade e de inovações. A riqueza fica com a iniciativa privada, o estado normatiza e cobra tributos, mas não opera;

b2) O CAPITALISMO DE ESTADO (INTERVENCIONISMO DE ESQUERDA, SOCIALISMO, COMUNISMO): as empresas são dirigidas por burocratas de governo (a produção obedece ao plano de burocratas do governo, as empresas sobrevivem mesmo com prejuízos). A riqueza fica nas mãos dos burocratas que comandam o governo.

ESTA É A ESCOLHA:

a)    a distribuição da riqueza no Capitalismo Liberal fica nas mãos da iniciativa privada (que se sacrifica pela sobrevivência das empresas);

b)    no Capitalismo de Estado (intervencionismo de estado) a maior parte da riqueza fica na mão do estado (na verdade nas mãos da burocracia que domina o estado);

c) a demagogia sobre a distribuição da riqueza: ficar nas mãos de quem se sacrifica pelo sucesso das empresas, ou nas mãos da elite burocrática que domina o estado.  MAG 07/11/2020.

 A RENDA (PODER DE COMPRA) E O CONSUMO (28/09/2020).

A renda nacional é representada pela soma das variáveis:

RNB = RENDA DO TRABALHO (assalariado com e sem carteira, autônomos e MEI) + LUCROS + JUROS + ALUGUÉIS.

A DEMANDA D = C + I + G + E = PIB + M (= OFERTA)

O CONSUMO = D - (I + G + E) = OF – (I + G + E) = PIB + M – (I + G + E) = PIB - (I + G + E - M) 

(Conforme o sistema padronizado de contas nacionais originado em Keynes, Teoria Geral

, iniciado e organizado por Simon Kuznets, aperfeiçoado por Richard Stone. A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio).  

Sabemos que: o consumo é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à expectativa de vida.

A expectativa, neste momento, não é de renda futura garantida: Renda do Trabalho, Lucros, Juros, Aluguéis. Os empregos e a renda do trabalho ainda não demonstram segurança futura. As empresas também sem segurança de lucros futuros. Os juros básicos negativos representam queda de renda e de poder de compra (consumo). Além de reduzir a renda provocam fuga para ativos no exterior (dólar, ouro ou bolsa). O juro básico tem que ser fixado buscando manter uma relação de equilíbrio entre demanda e oferta. Juros negativos podem estimular a demanda na mesma proporção que a fuga de capitais e uma percepção de empobrecimento (queda de poder de compra).

EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças, bolsas, imóveis etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo).   

EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção (a percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo). MAG 28/09/2020. Resumo de escrito 10/1998.

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A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL (17/08/2020).

consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%.

A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.