terça-feira, 12 de agosto de 2014

ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.


ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.

JEAN BODIN (1576): lança as bases teóricas do estado de direito.
BERNARDO DAVANZATI (1582): escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez inicial, da teoria quantitativa da moeda.
DAVID HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da teoria quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da alteração monetária das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias evoluirão sempre proporcionalmente à quantidade de moeda.” 
1760 – 1770: tem início a revolução industrial inglesa (inovações).
ADAM SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias básicas do pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida e limitada por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder discricionário das autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos. Liberdade dos mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas, a menor presença estatal possível.  
GUSTAV KNUT WICKSELL (1911): “Lições de Economia Política”, quase um resumo de suas obras. Introduziu a ideia de taxa de juro de equilíbrio e suas relações com a inflação. Se o juro de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os preços caem. O monetarismo racional tem suas origens em seus estudos.  
IRVING FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna (tudo passa por ele).
JOHN MAYNARD KEYNES (1936): “Teoria Geral do Trabalho, do Juro e da Moeda”, pode-se dizer que a macroeconomia moderna baseou-se toda ela em seus estudos, foi o tiro inicial que motivou o aprofundamento das pesquisas e o desenvolvimento da matéria (apesar de suas conclusões terem sido influenciadas negativamente pela depressão de 29/30).       
FRIEDRICH AUGUST VON HAYEK (1944), publica o livro Caminho da Servidão” adequou com brilhantismo o pensamento liberal à sua época.
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do livro “Capitalismo e Liberdade”, em linguagem acessível a todos, faz o monetarismo renascer, contrapondo-se às conclusões de Keynes, que considerava totalmente erradas (fábrica de estagflação). É o principal autor do liberalismo e monetarismo modernos. Sua principal obra é “A História Monetária dos Estados Unidos”.
Outros autores: 
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.

RESUMINDO: O pensamento liberal defende a liberdade das pessoas e das relações entre elas. Tem como princípio fundamental NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO das autoridades e do mais forte sobre o mais fraco, para DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). A menor presença estatal possível, a maior quando necessária. O liberalismo pode ser definido como uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o lucro e o direito de propriedade e a separação de estado e religião (O ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO).



PENSAMENTO LIBERAL E LIBERDADE (democracias liberais). Escrito em 04/01/2014.

CÂMBIO E LIBERDADE. MOVIMENTO DE CAPITAIS:
Existindo mercado (demanda) e um ambiente seguro e amistoso, o afluxo de capitais e os investimentos sempre ocorrerão. MAG
A qualidade de vida é sempre melhor nas economias abertas a muitos fornecedores (concorrência). MAG
Desvalorizar a moeda pátria, reduzindo o poder de compra de toda uma sociedade, para proteger lucros e privilegiar segmentos empresariais não competitivos, é arbitrariedade que só poderia ser tomada com o consentimento dos prejudicados. MAG
Valorizar artificialmente a moeda pátria é o caminho mais curto para crise cambial. MAG
Competitividade, ganhos de produtividade, melhoria contínua, só com concorrência. MAG
Governo considerado incompetente ou inamistoso com o mercado e lucros (capitais, investimentos), passa insegurança, afugenta empreendedores e investidores, paralisa investimentos, desvaloriza a moeda pátria acima do que seria normal (empobrece a todos e piora a qualidade de vida). O inverso é verdadeiro: governo amistoso ao mercado atrai empreendedores e investimentos, a moeda pátria valoriza, o poder de compra aumenta (a qualidade de vida melhora com o desenvolvimento).

PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO LIBERAL:
Normas (leis, regulamentos) em vez de autoridades (reduzir o poder discricionário de autoridades, de monopólios e do mais forte sobre o mais fraco). O poder é da norma e não da pessoa (autoridade).
Câmbio flutuante como solução de mercado e para evitar crises do balanço de pagamentos.
Normas que aumentam o poder discricionário das autoridades facilitam a corrupção (venda de facilidades e de privilégios), devem ser evitadas.
O liberalismo é contra privilégios como reserva de mercado.
O liberalismo é a favor da concorrência e de regras do jogo pré-estabelecidas que a regulem e defendam.
Não existe liberalismo sem concorrência.
O liberalismo defende a liberdade das pessoas fazerem acordos, inclusive a relação capital x trabalho, sem a intervenção do governo.
O liberalismo defende a liberdade sindical (e de associação), mas é contra o imposto sindical obrigatório (de empregados e de empregadores).
MAG 04/01/2014.


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